Você provavelmente já sabe que existem robôs que são capazes de resolver o cubo mágico em questão de segundos, sendo mais rápido até que um próprio competidor. Mas você já se imaginou fazendo parte de um projeto que desenvolve toda essa tecnologia? Essa é a proposta do RobôMar.
O projeto foi demonstrado para os alunos do 8º e 9º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Alvimar Silva, em Santo Antônio (ES), com a apresentação de um robô que resolve o cubo mágico a partir de cálculo matemático e outro que anda sozinho e ajusta sua rota ao se deparar com um obstáculo.
A mostra de robótica apresentou aos estudantes o projeto “Robótica Educacional, Fabricação Digital e Metodologias Ativas: (Re)Inventando a Educação”, apelidado de “RobôMar”, que se tornou possível por meio de uma parceria entre a Secretaria de Educação de Vitória (Seme) com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).
A professora Alessandra, uma das responsáveis por coordenar o projeto na escola, conta que “a iniciativa inovadora da rede desenvolve não só o conhecimento de robótica e programação, mas também a individualidade, a criatividade e o trabalho em grupo, que são competências muito importantes para os adolescentes de hoje. São estudantes que nasceram na era tecnológica e poderão aprender mais sobre como realmente funcionam esses processos”.
Cubo mágico e tecnologia: o quebra-cabeça também já participou no desenvolvimento de um projeto de mestrado
O cubo mágico está muito relacionado com o desenvolvimento da tecnologia. Recentemente, mostramos como ele auxiliou no desenvolvimento da primeira defesa de tese realizada no ambiente de realidade aumentada no Brasil, apresentada no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
O trabalho mostra técnicas de aprendizado de máquina, combinando gráficos e inteligência artificial em tempo real. Um dos exemplos apresentados no trabalho é um cachorro virtual, que é capaz de responder a comandos e integrais com pessoas que acessam o metaverso do Laboratório Visgraf.
“Uma coisa muito interessante do IMPA é que todo mundo se empolga com a matemática e foi isso que aconteceu. No início, não sabíamos exatamente o que fazer, mas começamos a pensar em modelos de aprendizagem de máquina a partir de um cubo mágico virtual, que programamos para se resolver sozinho. Assim, começamos a construir os comportamentos do cachorro, ajustando e criando coisas novas”, afirma o autor da tese, Caio Lucas Souza, para o portal de notícias do IMPA.
O cachorro virtual, criado a partir de um cubo mágico, foi programado para aprender comportamentos como olhar para a pessoa que entra no ambiente do metaverso, correr atrás de um graveto, receber carinho e latir. Para Caio e seu orientador, Luiz Velho, um dos futuros do trabalho é a possibilidade de estudar o comportamento de um cachorro real para criar um avatar que aprenda com essa observação.
E, aí, cubista? Já sabia da relação existente entre o cubo mágico e a robótica?
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