Já falamos diversas vezes aqui no Blog sobre disputas históricas por recordes mundiais. Esse ano em particular tem sido um grande ano para o Clock. Mas a categoria 3×3 com uma mão, ou 3×3 como é chamado por conta da sigla original (One-Handed), também está sendo emocionante no ano de 2024. O debate entre Roux e CFOP segue existindo, e no ultimo final de semana, ganhou um novo capítulo, com mais um WR histórico. Vamos ver todos os detalhes?
Contexto do OH
3×3 com uma das mãos é uma categoria bastante popular, e ao mesmo tempo, extremamente particular. Pode parecer o mesmo que resolver o 3×3 normal, mas o fato de poder usar só uma das mãos adiciona limitações extremamente interessantes. Durante muitos anos, Max Park e Patrick Ponce dividiram as atenções pelos recordes da categoria.
Porém recentemente, Sean Patrick Villanueva, das Filipinas, chocou quebrando ambos os recordes mundiais da categoria. O detalhe é que ele utiliza o método Roux, e até então o single nunca tinha sido quebrando por alguém que usa este método. Além disso, junto com ele, diversos títulos foram alcançados por outros cubistas que usam o método. Como o Europeu que ficou com Magnus.
No entanto, um nome passou a se tornar cada vez mais importante. Dhruva Meruva. O indiano que se naturalizou suíço e seguiu utilizando o método CFOP vinha alcançando tempos incríveis na categoria ao longo do ano. E em suas redes sociais vinha postando tempos incríveis abaixo do recorde mundial. Para muitos um WR de single seria questão de tempo.
Até porque o single de OH, que ainda estava na casa dos 6 segundos, era considerado por muitos como um dos recordes mais “fáceis” da WCA. Claro, resolver o cubo em 6 segundos já é impressionante, e com uma mão é algo ainda mais incrível. Porém, muitos cubistas de alto nível conseguem essa marca com certa facilidade hoje em dia, e com um pouco de sorte, poderia ser batido. Ou seja, era questão de tempo.
Dhruva impressiona
Até que então, no Nacional Suiço desse ano, Dhruva foi como o grande favorito para o evento. Ainda assim, na primeira rodada, após uma performance não muito boa, ficou com a segunda colocação. Mas, por coincidência ou não, fez um single de 6.92, que já seria recorde nacional.
Indo para a final, seu objetivo era de conseguir a melhor média possível, e garantir o título de sua principal categoria. E isso de fato ocorreu, com uma sólida média de 9.57. O que ele talvez não esperaria, é que na quarta solve ele quebraria seu tão sonhado primeiro recorde mundial. Com um single de 5.66, se tornou então a primeira pessoa a resolver em menos de 6 segundos com uma mão em uma competição oficial. O fato é extremamente impressionante, e sem dúvidas, mostra o nível atual dessa categoria.
Além disso, o debate sobre os métodos segue mais vivo do que nunca. Agora o recorde mundial de média pertence a um “rouxer”, enquanto o de single a um “cfoper”. Estamos vivendo um momento histórico. Mas aí fica a pergunta, o que vai acontecer? Será que Dhruva consegue impressionar novamente e alcançar também o WR de média de OH, ou Sean Patrick vai fazer o contrário? Ou quem sabe um novo nome pode surgir e dominar o evento por muitos anos? Só o tempo dirá. A certeza é que você acompanhará tudo isso e muito mais aqui no Blog!