O maior Campeonto de Cubo mágico do ano aconteceu entre os dias 15 e 17 de novembro na cidade do Rio de Janeiro. O tão aguardado Brasileiro de 2024 finalmente foi sediado, e foi cheio de grandes emoções. Com novos recordes sendo quebrados e grandes disputas, foi sem dúvidas um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Na postagem de hoje faremos um overview do que foi esse campeonato.
Principais disputas por títulos
Como todos devem saber, existem 17 categorias oficiais nos campeonatos, e a postagem ficaria enorme se falássemos de todas elas. Então caso queira conferir cada possível resultado, clique aqui para acessar a página da WCA Live do Campeonato. De qualquer forma falaremos das principais disputas, ou aquelas em que algo inédito aconteceu.
No Square-1, Vicenzo vence e conquista seu quinto título na categoria, empatando com Pedro Roque como o brasileiro com mais títulos em uma mesma modalidade. O Podium se seguiu com Mario Takahashi e Gabriel Lincon.
No Skewb, após uma primeira rodada histórica, Jonathan Pires vence com uma média de 3.60 segundos. O Podium se seguiu com Vicenzo e Caio Sato.
No Pyraminx, em uma rodada com embaralhamentos incríveis, Mario Takahashi quebra o recorde brasileiro com uma média de 2.15. Vicenzo segue no segundo lugar com 2.31 e Kaique Neves fecha com 2.77.
O Clock foi extremamente disputado, sendo definido na ultima solve. O título ficou com Kaique Neves, com uma média de 5.55, seguido por Pedro Lima e Mario Takahashi.
No 3×3 com uma das mãos, Caio Sato vence como esperado com uma incrível média de 9.56, seguido por Vicenzo e Francisco.
No 3×3 Vendado, Israel Fraga vence e conquista mais um título brasileiro, quebrando o recorde brasileiro de média na final. O podium se seguiu com Marcos Semolini e Francisco.
Os títulos dos big cubes foram todos para Francisco Moraes, que já os vem dominando há vários anos no país, e provou isso mais uma vez com uma performance impressionante.
No 4×4, Caio Sato conquista seu primeiro título, com uma média de 27.52 segundos.
No 2×2, Vicenzo conquista seu Bi-Campeonato com uma média de 1.97. Kaique Surpreende na segunda lugar, e Caique Crispim fecha o podium.
O 3×3 do Brasileiro
A modalidade principal, e sem duvidas a mais disputada do campeonato. O esperado era uma grande disputa entre Caio Sato e Vicenzo Cecchini, e foi exatamente isso que aconteceu. Vicenzo vence as 2 primeiras rodadas, e garante uma vantagem no início do campeonato. Na semifinal, no entanto, com uma diferença de 0.07 segundos, Caio consegue uma boa média e avança em primeiro lugar para a final.
A final foi incrível do começo ao fim. O ultimo versus seria justamente Vicenzo e Caio Sato. Antes disso Francisco já havia competido, e com uma média de 7.44, garantia já de antemão o seu lugar no podium. O ultimo duelo começa. Vicenzo abre com um 6.09, e Caio Sato 4.81. Vicenzo segue com um 6.88 +2 e Caio 6.73. Com esse início, Caio consegue uma enorme vantagem.
Porém, Vicenzo recupera com um 6.38 e um 5.84. Caio seguiu com um 6.80 e 6.73. Ambos estavam virtualmente empatados, sendo a melhor média possível para ambos praticamente a mesma. Vicenzo termina com um 6.99, o que significa que caio precisaria de um tempo de 6.03 ou menos para vencer. E é o que acontece. Caio termina com um 5.70, garantindo uma média de 6.39 e o seu primeiro título brasileiro.
Recordes quebrados no brasileiro
Ao todo, 5 recordes foram quebrados nesse campeonato, sendo 4 brasileiros e um sul-americano. Como já mencionado, Mario Armando Takahashi, que já tinha o recorde brasileiro de média no pyraminx, quebrou seu próprio recorde com uma média de 2.15 segundos. O curioso, é que na mesma rodada alguns minutos antes, Vicenzo quebrou o mesmo recorde com um tempo de 2.31, mas Mario conseguiu uma média ainda melhor pouco tempo depois.
Israel Fraga da Silva quebrou o recorde brasileiro de média na final do 3×3 vendado com uma média de 23.42. Além disso, essa é a segunda vez que ele quebra esse recorde na final de um brasileiro, o que mostra o nível do competidor, que desde 2013 vem quebrando recordes nas modalidades vendado.
Francisco Moraes Mandalozzo quebrou o recorde brasileiro de single no 7×7, com um tempo de 2:07.63. Além de garantir os títulos, ele sempre mostra o domínio dele quebrando os próprios recordes.
A Histórica rodada de Skewb
No entanto, ainda faltam 2 recordes para serem mencionados. A segunda rodada de skewb entrou para a história do cubo mágico. O primeiro embaralhamento foi um dos mais fáceis que já se viu na história do cubo mágico. Eduardo Ribeiro Strauch, foi o primeiro a resolvê-lo, e consegue um tempo de 1.00 segundos. Não só foi quase um sub 1 logo de cara, mas esse tempo é o recorde sul-americano da categoria.
Logo após isso, todos começaram a fazer tempos incríveis. Além disso, vários tempos na casa do 1 segundo vários próximos do sub 1, de tal maneira que agora, no top 10 da América do Sul, 6 tempos são dessa rodada.
No entanto, falta um nome a ser mencionado. Jhoantan Pires Medeiros. O campeão brasileiro de skewb, e o melhor nome do país na modalidade atualmente, estava nessa rodada. Para a surpresa de todos, nesse primeiro embaralhamento, ele consegue um tempo de 0.69. Esse tempo seria o recorde mundial da categoria. No entanto, infelizmente ficou faltando um movimento para finalizar o cubo, o que agregou uma penalidade de 2 segundos.
No entanto, isso não impediu que ele mantivesse a sua consistência na rodada, e mesmo com a pressão de perder um recorde mundial, ele garante o recorde brasileiro de média, com um tempo de 2.83, sendo esse o primeiro sub 3 do país.
Próxima edição
Foi um campeonato incrível, cheio de tempos impressionantes, e novos campeões. O próximo brasileiro foi anunciado no final desse campeonato, e terá como sede a cidade de Curitiba, no Paraná. Veremos o que nos espera lá! No entanto, sem dúvidas podemos afirmar que essa foi uma edição histórica, e que para superar isso vai ser muito difícil.