O cubo mágico foi criado em 1974 e, até os dias de hoje, é considerado o brinquedo mais difícil do mundo. A maioria das pessoas entendem que sua resolução está associada com a organização das cores de cada face. Mas essa não é a realidade para todas as pessoas. Descubra quem é o deficiente visual que é capaz de resolver o cubo mágico.
Resolver o puzzle é uma tarefa difícil até mesmo para os competidores que já conquistaram vários recordes. Isso porque o desafio se torna ainda mais complexo quando você percebe que até hoje ninguém atingiu o limite máximo de uma solução, pois há sempre alguém superando tempos que antes pareciam inalcançáveis. Mas já parou para pensar na dificuldade encontrada por um deficiente visual ao resolver o cubo?
Conheça o deficiente visual que resolve o cubo mágico
O sul-cocalense Laélio Inácio, de 24 anos, é uma pessoa com deficiência visual total, ocasionada por um glaucoma agressivo há aproximadamente 23 anos. Ele aprendeu os algoritmos de resolução pelo método de camadas com uma colega da faculdade e, depois, passou a fazer parte de um grupo de cubistas que apresentam a mesma deficiência e trocam experiências.
“Eu sei que o meu cubo tem uma face lisa oposta a outra com florzinhas, uma face com triângulos oposta a outra com quadrados e uma face com bolinhas oposta a outra com bolas grandes. Sei que tenho que sincronizar as peças iguais. Eu digo que embaixo é a garagem, depois tem o primeiro andar do prédio, o segundo andar e o terceiro andar e na parte de cima é o telhado”, explicou.
Recentemente, ganhou novos cubos, dentre eles o pyraminx, todos adaptados para pessoas com deficiência visual. Os objetos foram desenvolvidos pelos professores Armando Paulo da Silva e Solange Margarida Campioto da Silva, casal morador da cidade de Cornélio Procópio, no Paraná. Durante a execução do projeto de cubo mágico em escolas, eles conheceram crianças com essa deficiência e tentaram ajudá-las.
Após muitas tentativas, os professores conseguiram chegar a uma configuração ideal do brinquedo e o objetivo atual é torná-lo o padrão brasileiro. O projeto já beneficiou aproximadamente trinta pessoas até os dias de hoje. “Existem muitas leis, a propaganda é bonita, mas na prática a acessibilidade não acontece. Segundo o último censo somos mais de meio milhão de brasileiros totalmente cegos. Então, este projeto pode ser espalhado para ajudar muitas pessoas e ajudar no desenvolvimento de suas habilidades”, avaliou Laélio.
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E, aí, cubista? Já conhecia os modelos de cubo mágico para deficientes visuais?
Com informações do Portal Litoral Sul.
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