Novamente tivemos a sorte de presenciarmos um final de semana histórico para o mundo competitivo do cubo mágico. Tivemos alguns recordes importantes sendo quebrados, por nomes que vocês seguramente já conhecem. No post de hoje vamos compartilhar as notícias dessa última semana, com todos os detalhes de cada uma das histórias.
Dia importante no OH
Começando com os recordes mundiais, a modalidade OH (3×3 com uma das mãos), foi novamente foco essa semana. Sean Patrick Villanueva, das Filipinas quebrou pela primeira vez em sua carreira um recorde mundial. O cubista é conhecido por ser um dos adeptos do método Roux. Um método diferente, mas muito eficiente que para o OH funciona muito bem. Em 2019 ele ficou na segunda colocação do 3×3, e marcou seu nome na história.
Ano passado Sean ganhou um novo destaque internacional, quando se tornou campeão mundial da categoria OH. Mas esse seu foco já vinha há um bom tempo, com diversos recordes continentais e nacionais importantes sendo quebrados. Até esse final de semana ele já estava muito próximo do WR, que era de 8.62. Sean, apenas dois centésimos atrás, tinha a incrível média de 8.64, mas estava claro que o WR era seu objetivo.
Então, em uma média excelente ainda que com alguns lockups. 3 solves abaixo de 8 segundos e uma delas sendo um 6.60 (NR das Filipinas), Sean alcançou a incrível marca de 8.09 de média. Esse recorde mundial representa uma queda de mais de meio segundo no evento. E mais do que isso, o potencial do OH, que a muito era dominado por Patrick ou Max Park, sem quedas muito significativas. Indica que um sub 8 está cada vez mais próximo.
Recorde inesperado
Mas falando de marcas históricas, uma delas foi com certeza quebrada. Kalindu Sachintha Wijesundara quebrou um recorde mundial muito importante em uma modalidade um tanto quanto inesperada. Mas talvez mais inesperado que isso somente seu país de origem. Pelo nome podemos perceber que se trata de algum lugar muito provavelmente no oriente. Mas com certeza Sri Lanka, uma ilha no sudeste da Indía, que nunca teve nenhum recorde de grande expressão.
De qualquer froma, foi Kalindu o responsável por quebrar a barreira dos 20 movimentos na categoria Fewest Moves. Para quem não conhece, essa modalidade consiste de uma espécie de “prova”, onde o competidor deve buscar encontrar a solução com o menor número de movimentos possível, dentro de uma hora, para o embaralhamento proposto. Recentemente o evento vinha sido dominado por Jayden McNeil, famoso cubista australiano que puxou os limites.
Mas Kalindu possibilitou novos horizontes. Sua carreira na modalidade até então era de constante melhoria, mas nada fora do normal. No entanto, se tornou o primeiro a conseguir uma média abaixo dos 20 movimentos, com 19.67. Na primeira rodada havia feito um 20.33, que já seria o segundo melhor tempo do mundo. Ainda há pouca informação a respeito, mas certamente será algo muito discutido, e quem sabe, novas barreiras se quebrarão no futuro.
Como sempre, Tymon
Não seria um final de semana histórico sem Tymon. Novamente, confirmando o que dissemos aqui em um dos posts mais recentes, ele demonstrou que está cada vez mais próximo de conseguir médias sub 5 segundos mais consistentemente. E pela terceira vez nesse ano, e quinta em sua carreira, ele o fez.
Mas não apenas com um sub 5 qualquer, e sim novamente com um recorde Europeu. Algo que ele demorou 2 anos para alcançar, agora se tornou quase normal, sendo já o segundo no ano. Com a incrível média de 4.74, ele agora se isola na segunda colocação do ranking mundial, atrás apenas de Yiheng.
Novamente em uma média histórica, começando com um sub 4, e deixando toda a emoção para o final, ele garante o ER apenas na última resolução. Agora ele já está praticamente na casa do 4 médio. E fica a pergunta, será que ele consegue manter esse ritmo e ameaçar o WR de Yiheng? Só o tempo dirá.
Tymon também quebrou o recorde europeu de média no 5×5, com 37.38, subindo para a segunda colocação no ranking mundial, a 1.5 segundos do WR de Max Park. Será que ele continuará a baixar os tempos cada vez mais possivelmente alcançando o Americano?
E a América do Sul?
Para finalizar, um acontecimento interessante aqui na américa do Sul. Além de dois campeonatos aqui no Brasil, que infelizmente não contaram com nenhum recorde, tivemos também um torneio na Argentina. Nele, na primeira rodada de 3×3 o competidor Theo Goluboff quase quebrou o recorde nacional de média. O atual é de Bautista Bonazzola, vencedor do ultimo Sulamericano, que com uma histórica média de 6.52, SAR na época, detém o NR até hoje.
No entanto, Theo conseguiu uma média de 6.58, que por si só já é muito próxima. Mas é ainda mais impressionante quando você considera que a primeira solve infelizmente sofreu uma penalidade de +2 segundos. Sem ela, a média seria de 6.44, quebrando o recorde do país. Não é a primeira vez que isso acontece, e mostra que o cubista tem se aproximado cada vez mais desse recorde. Isso chegará sem dúvidas com muito peso para o Continental desse ano, que também definirá o Campeão Argentino.
Oncube te ajuda com os recordes!
Como viram, o número de recordes está cada vez mais frequente, e o nível da disputa continua aumentando. Caso queira entrar nisso, começando da melhor forma possível. A Oncube é sem dúvidas o melhor lugar para começar! Nos vemos na próxima postagem.